Pacientes têm o tratamento interrompido no Hospital Clementino Fraga Filho. Pessoas com câncer dizem que falta o medicamento Docetaxel.
Pacientes com câncer estão tendo tratamentos contra a doença interrompidos por falta de medicamentos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, como mostrou o RJTV 1ª edição desta segunda-feira (29). A denúncia foi feita pela ONG associada à FEMAMA no Rio de Janeiro, a Associação Laço Rosa.
Andreia Almeida, que tem câncer no fígado, no pulmão, na coluna e nos ossos, se surpreendeu ao chegar no hospital, na última quinta-feira (25), e descobrir que não ia poder fazer a quimioterapia porque o medicamento Docetaxel está em falta.
“Me disseram que não tinha o remédio e que há duas semanas as medicações estavam presas na alfândega. Também não não uma previsão para a chegada dos remédios. Tenho medo de perder para a doença”, lamentou Andreia.
Ao ligar para o hospital, a paciente foi avisada por uma funcionária do hospital que não existe uma data para o recebimento do medicamento. A funcionária ainda chegou a dizer que é igual papagaio, que “só escuta e repete o que falam”.
Para a paciente Maria Clara, que tem câncer de mama, faltavam apenas mais duas sessões para terminar a quimioterapia, até que ela descobriu, há duas semanas, que o remédio está em falta.
A filha de Maria Clara Paes procurou o hospital, mas a ouvidoria mostrou um ofício da empresa que fornece o remédio, que relata que a culpa da falta do remédio é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Uma greve de funcionários estaria atrasando a liberação do docetaxel. A Anvisa informou que não existe nenhuma greve e que a última aconteceu há quatro anos.
“A gente não sabe o que vai acontecer. Como vai ser nosso tratamento? Eu quero viver, quero poder conhecer meus netos. A gente tenta viver com dignidade, mas se não temos nosso tratamento, não estamos tendo dignidade”, disse Maria Clara, emocionada.
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Com informações de G1 RJ.