Os medicamentos destinados ao tratamento de câncer têm enfrentado mais morosidade do que outros tipos de remédios para serem incorporados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dos 37 processos de inclusão de medicamentos contra o câncer protocolados desde 2012, somente oito foram aprovados.
Já a incorporação de medicamentos para outras doenças mais que dobrou em 2014 em comparação a 2013. De janeiro a dezembro de 2014 foram feitos 65 pedidos de inclusão, dos quais 54 foram aceitos. Em 2013, foram 64 pedidos e 23 inclusões.
Os dados são da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). “É natural que sejam aprovados medicamentos mais simples e de menor custo”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da entidade. “Precisaríamos discutir se a incorporação de medicamentos comprovados e necessários não resolveria boa parte da judicialização a um preço mais baixo para o sistema público. Uma substância incorporada pode ter custo 60% inferior ao praticado no mercado”, completa Britto.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) é o órgão responsável por aprovar a inclusão de novos medicamentos no SUS.
A campanha Para Todas as Marias luta incessantemente pela inclusão no SUS do tratamento mais moderno para o câncer de mama avançado.
Fonte: Folha de S. Paulo