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Demora e desigualdade no atendimento são obstáculos na luta contra o câncer

18 de fevereiro de 2016

O Jornal Nacional produziu uma série de reportagens sobre o cuidado aos pacientes oncológicos no Brasil. Na edição de 29/01, o jornal mostrou a realidade de pacientes que dependem do sistema público de saúde, em especial, pacientes cujo câncer já atingiu os estágios mais avançados e que agora enfrentam dificuldades para obter alguns tratamentos na rede pública.

O Brasil registra cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama por ano. Segundo estudo publicado na revista médica Lancet, enquanto nos Estados Unidos cerca de 60% das mulheres descobrem a doença nos estágios iniciais e fáceis de tratar, aqui isso só acontece em 20% dos casos.

A falta de consultas e exames nos serviços públicos põe as brasileiras em risco. Luiz Henrique Gebrim, diretor médico do Hospital Pérola Byington e membro do conselho científico da Femama, defende uma sequência de medidas para enfrentar a doença: treinar médicos e enfermeiras para o exame de apalpação das mamas e acelerar as biopsias são tão importantes quanto garantir a mamografia e o diagnóstico rápido dos casos suspeitos.

A cura é sempre o principal objetivo de quem luta contra o câncer. Mas há um grupo de pacientes que descobre a doença mais tarde. Gente que perde a batalha da cura e passa a enfrentar uma outra: a batalha por mais tempo.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos pacientes nesse caso é o acesso igualitário aos tratamentos. Conseguir as drogas mais avançadas no SUS não é fácil. Doutor Hézio Jadir Fernandes Júnior conhece as duas realidades. Tem consultório particular e está na linha de frente do serviço público.

Dr. Hézio fica de olho na tabela colada na mesa de trabalho. Lá estão os tratamentos e remédios que o SUS cobre para cada tipo de câncer. O médico declara que a tabela não é atualizada com frequência e que isso limita o trabalho do profissional do SUS. “Você tem que encaixar o seu paciente naquilo que o SUS paga pra sua instituição. Não é o mesmo que você faz na medicina privada”, declara.
A reportagem apresenta a realidade de Rayssa da Cunha Medeiros, paciente de câncer de mama metastático que trata a doença com medicamento moderno que não está disponível no SUS e de Karina Pereira de Oliveira, que convive com a mesma doença, mas depende da rede pública de saúde para se tratar.

Veja a reportagem na íntegra.

Com informações de G1, em 29/01/2016

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